Nossas riquezas


Este é o tema da edição da Semana Farroupilha, que acontecerá de 13 a 20 de setembro. A nossa congregação, mais uma vez, estará celebrando este momento junto aos irmãos em nosso galpão crioulo. A programação seguirá o exemplo das outras duas edições: sempre à noite, teremos jantares típicos, devocionais e rodas de chimarrão com violeiros e gaiteiros.  Veja aqui a programação do evento.

A 3a edição da Semana Farroupilha da CEL São Lucas é mais um momento de integração e confraternização dos irmãos em Cristo. E o tema desta edição, “Nossas Riquezas”, nos leva a refletir não só sobre o nosso Estado e nosso amor e orgulho por ele, mas também sobre o Patrono celestial. Afinal, tudo o que somos e temos é obra de Deus. E o que temos feito para retribuir Suas dádivas? A começar por lembrar de agradecer a Ele por todas as bênçãos que nos tem concedido.

O povo gaúcho é muito orgulhoso de seus costumes. Das bombachas, ponchos, botas e vestidos de prenda, hoje o que restou com mais força foram o velho chimarrão e o sotaque. E como o gaúcho gosta de empunhar a cuia e trotear por aí falando pelos cotovelos, sem dar bola se alguém não entender o que é bah, barbaridade, tchê, tri, guri, baia, baita, lagartear, cusco, cacetinho, lomba, sinaleira e mais um monte de gírias gauchescas que já foram exportadas de tanto que se fala por esses rincões.

O Rio Grande do Sul também é berço da IELB, fundada em 1904, em São Pedro do Sul. Mas quando se trata de “vestir a camiseta” da Igreja, sobretudo de Deus, poucos o fazem verdadeiramente. Quero dizer que não saem por aí carregando a Bíblia como a cuia, nem proferindo o Evangelho como as gírias gauchescas. É diferente exibir o orgulho de ser Cristão como o de ser gaúcho. É difícil falar de algo que apenas se sente, agradecer e retribuir a alguém que não se vê, a esperar por promessas desconhecidas. Mas Jesus mesmo disse a seu discípulo Tomé, quando ressuscitou: “Você creu porque me viu? Felizes são os que não viram, mas assim mesmo creram!” (Jo 20.29). E como nos sentimos bem quando conversamos com Deus, como nos sentimos aliviados quando retribuímos a alguém com um simples gesto de amor, solidariedade, auxílio. Enchermo-nos de sentimentos bons traz paz e alegria a mente e coração. São as maravilhas do amor de Deus, as nossas riquezas celestiais.

Que todos sejam gratos e saibam retribuir e levar a palavra de Deus por todos os rincões afora.

Um quebra-costela e uma abençoada semana a todos!

Luana Lemke Guterres